A Prefeitura de Aracaju está empenhada em garantir o acesso equitativo a políticas públicas para todas as pessoas, incluindo aquelas que são surdas ou têm deficiência auditiva. Como parte de sua iniciativa de aprimorar os serviços municipais e promover a inclusão, a administração municipal está capacitando servidores em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O diretor da Escola de Governo e Administração Pública (Esgap), Bosco Rolemberg, destaca que a busca por uma política inclusiva é uma das principais diretrizes da Escola. “Ficar antenado em tudo o que acontece no mundo, especialmente na capacitação dos servidores, é uma marca da nossa Escola. E é isso que estamos fazendo nesses cinco encontros do Curso Básico de Libras, capacitando nossos servidores para melhor acolher os surdos e garantir sua autonomia na busca dos serviços públicos.”
A capacitação em Libras é dividida em cinco módulos, totalizando 15 horas de treinamento, e tem como público-alvo principal os servidores que lidam diretamente com o público. Durante os encontros, professores e especialistas em Libras apresentam teorias e práticas para auxiliar as pessoas surdas, promovendo a inclusão e aproximando essa população da administração municipal.
Edicarlos Santos da Conceição, intérprete e um dos ministrantes do curso de Libras na Esgap, enfatiza a importância dessa capacitação para a consolidação de políticas públicas inclusivas. “Essa iniciativa é muito importante porque inclui as pessoas surdas na sociedade. Ter pessoas capacitadas dentro dos serviços públicos facilita o acesso de quem precisa. Ofertar esses cursos mostra que a Prefeitura de Aracaju tem um olhar diferenciado e sensível, algo que deveria ser comum.”
Na área de educação, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) é responsável por operacionalizar a capacitação em Libras. O curso, ministrado pela professora Alana Monteiro, visa possibilitar a conversação básica entre os docentes e os possíveis alunos que se comunicam por meio da língua de sinais. Com 39 participantes e carga horária de 60 horas, o curso tem sido uma ferramenta essencial para que os professores possam se comunicar de forma significativa com seus alunos surdos.
Alana Monteiro, graduada em Pedagogia, Letras/Libras e especializada em Educação Inclusiva, enfatiza a importância do conhecimento básico dos professores para que os alunos surdos se sintam acolhidos. “É preciso ao menos um conhecimento básico dos professores para que o aluno surdo possa se sentir acolhido e que seja uma comunicação significativa para ele.”
Além disso, a Maternidade Municipal Lourdes Nogueira também está desempenhando um papel fundamental na promoção da inclusão. A unidade promove capacitação para colaboradores das várias áreas, incluindo recepção, portaria, maqueiros, equipe multiprofissional e equipe administrativa. A primeira turma de introdução a Libras foi realizada com sucesso, capacitando os colaboradores e aprimorando o atendimento a pacientes surdos.
A coordenadora do Núcleo de Educação Permanente (NEP) da unidade, enfermeira Luciene Katrine da Luz, destaca a importância de formar um efetivo habilitado a atender aos surdos. “Descobrimos isso quando recebemos uma paciente surda, e um de nossos colaboradores se prontificou a colaborar nessa abordagem, mostrando grande proficiência. Isso demonstrou que precisávamos nos ater a essa questão de formar esse efetivo habilitado a atender aos surdos.”
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