Deputado Arthur Maia cita regras regimentais em resposta a interrupções de parlamentares André Fernandes e Abilio Brunini
Em uma tensa sessão da CPI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (31), o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), emitiu uma forte advertência aos deputados bolsonaristas André Fernandes (PL-CE) e Abilio Brunini (PL-MT). As ameaças foram baseadas no Artigo 22 do Regimento Interno do Senado, que confere ao presidente da comissão o poder de retirar parlamentares do recinto em caso de infrações.
A discussão teve início quando os parlamentares Fernandes e Brunini interromperam a fala da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que estava abordando a atuação das forças de segurança nos eventos de 8 de janeiro. A interrupção gerou reclamações por parte de Feghali.
Ao término do tempo designado para a deputada, André Fernandes alegou que o prazo dela havia encerrado e pressionou o presidente Arthur Maia a interromper a declaração de Feghali. Em resposta, o presidente Maia enfatizou sua autoridade sobre a gestão do tempo das falas, destacando que a presidência determina a duração das intervenções.
A tensão escalou quando o deputado Abilio Brunini começou a filmar a confusão de pé. O presidente Maia solicitou que Brunini interrompesse a gravação e se sentasse, lembrando-lhe que não era papel de um parlamentar agir como cinegrafista.
Após esse episódio, o presidente da CPI formalmente advertiu os deputados André Fernandes e Abilio Brunini sobre suas condutas, citando o Artigo 22 do Regimento Interno pela primeira vez. Essas advertências marcam uma ação preliminar antes de possíveis medidas mais drásticas.