Em São Cristóvão, uma sindicância – instrumento pelo qual a Administração Pública investiga ocorrências atípicas ou que possam configurar infração disciplinar – foi instaurada para investigar uma denúncia de importunação sexual, assédio social e moral contra o procurador-geral do município, o advogado José Robson Almeida Santos.
A efetividade e lisura desse processo de investigação tem sido questionado porque o prefeito Marcos Santana nomeou apenas servidores com altos salários e de sua extrema confiança para apurar as denúncias contra o procurador-geral. Consta no Diário Oficial do dia 24 de abril, o decreto de número 229/2024, com os nomes dos servidores Mônica Silveira Mendonça, Mariana Franco Teixeira Bonfim, Viviane Gomes Carvalho Alves e Cláudio Hora Passos. Diferente do que prevê a legislação, nenhum servidor efetivo foi nomeado para participar do processo investigativo, gerando questionamentos sobre a lisura da sindicância e as intenções do prefeito Marcos Santana, que manteve o advogado no cargo mesmo após as graves denúncias.
O procurador-geral do município de São Cristóvão, José Robson Almeida Santos, já ocupava o cargo de sub-procurador desde o início da gestão de Marcos Santana e assumiu o novo cargo em fevereiro deste ano.