De autoria do deputado Marcos Oliveira (PL), o Projeto de Lei nº 154/2023 foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), declarando a Peregrinação de Santa Dulce dos Pobres como Patrimônio Cultural de Sergipe.
A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 154/2023, de autoria do deputado Marcos Oliveira (PL), que declara a Peregrinação de Santa Dulce dos Pobres como Interesse Cultural de Sergipe. A peregrinação, que parte do Povoado Candeias em Moita Bonita até a cidade de Malhador, é uma manifestação religiosa que atrai cerca de 5 mil fiéis anualmente.
A História de Santa Dulce dos Pobres
Santa Dulce dos Pobres, ou Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, foi uma freira brasileira e santa da Igreja Católica, reconhecida por suas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos na Bahia. Nascida em 1914, em Salvador (BA), dedicou sua vida aos cuidados dos menos afortunados após se tornar freira em 1933, no município de São Cristóvão.
Após seu falecimento em 1992, os católicos pleitearam junto à Igreja o reconhecimento oficial de sua notável trajetória. Em 2001, um episódio marcante ocorreu em Malhador quando uma moradora, devota de Irmã Dulce, obteve a cura de uma grave hemorragia após ser atendida na Maternidade São José em Itabaiana. Após dois anos de investigações pelo Vaticano, o milagre foi atribuído à intercessão da freira baiana.
A beatificação de Irmã Dulce ocorreu em 2011, pelo Papa Bento XVI, em reconhecimento aos milagres atribuídos a ela. Já em 2019, a freira foi canonizada pelo Papa Francisco, tornando-se a primeira santa nascida no Brasil.
Impacto Local e Turismo Religioso
A peregrinação de Santa Dulce dos Pobres não só fortalece os laços espirituais da comunidade, mas também desempenha um papel crucial na geração de renda local. O evento atrai milhares de fiéis de diversas regiões, gerando demanda por serviços turísticos, alimentação e hospedagem.
O deputado Marcos Oliveira destaca a importância do reconhecimento oficial da peregrinação como Interesse Cultural de Sergipe: “Além de preservar nossa tradição religiosa, esse reconhecimento contribui para o desenvolvimento econômico da região, estimulando o turismo religioso e gerando oportunidades para os habitantes locais.”
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