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Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe recebe aditivo para continuidade até 2025

Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe recebe aditivo para continuidade até 2025

O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, uma iniciativa da Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), recebeu uma notícia promissora: um aditivo que estende suas atividades até 2025. Com o encerramento previsto originalmente para setembro de 2023, o projeto demonstrou resultados impactantes ao longo dos últimos dois anos.

Desde o seu início, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe se concentrou em capacitar e empoderar as mulheres da região. Ao longo de dois anos de trabalho dedicado, as participantes puderam não apenas aprimorar suas habilidades, mas também compartilhar suas histórias e memórias através de um documentário e um livro reportagem.

Uma das conquistas mais notáveis foi o lançamento do site E-Commerce do projeto, onde rendeiras, artesãs e catadoras de mangaba podem comercializar seus produtos, alcançando clientes em todo o território nacional. Além disso, o projeto realizou diversas ações, incluindo a 2ª edição do “Rede na Praça” em Carmópolis, a visita de influenciadores digitais em um roteiro turístico pela região Sul de Sergipe e a participação na Expofavela, que resultou na seleção para a edição do evento em São Paulo, em dezembro.

Resultados Notáveis

As oficinas oferecidas, elaboradas com base nas necessidades das comunidades, foram um dos pilares do projeto. Um total de 448 mulheres participaram das oficinas artesanais, 291 se envolveram em atividades de processamento de alimentos, 243 participaram das oficinas de agroecologia e 107 mulheres de Divina Pastora participaram das oficinas de educomunicação.

Maria Beatris da Conceição, do povoado Pontal em Indiaroba, enfatizou a importância dessas ações: “Cada vez mais eu fui aprendendo em todas as vezes que fui para as oficinas de agroecologia, eu participava, gostava e quero que continue. Inclusive, já levei algumas coisas para casa porque eu gosto de plantar. Eu gosto de me envolver em tudo que é curso, mesmo quando não me identifico de início, mas eu participo porque eu acho que é mais conhecimento e só agrega.”

Os resultados dessas ações incluem a criação de 14 novos produtos alimentares, sendo 05 da linha diet e 03 específicos para a alimentação escolar. Nas atividades de agroecologia, 12 quintais produtivos foram criados e 03 viveiros de mudas estão em pleno funcionamento. Além disso, foram impressos 6 mil boletins informativos e 10 mil filipetas educativas de acesso gratuito ao público em geral.

Transformando Comunidades e Impulsionando o Turismo

O projeto não se limitou apenas às oficinas, promovendo encontros de fortalecimento das associações, cursos para a gestão do site de vendas, construção de planos de comunicação e roteiros de turismo de base comunitária. Houve também um intercâmbio com uma cooperativa em Uauá, na Bahia, e a realização de lives e webinários para discutir questões fundamentais, como o debate racial, o fim da violência contra a mulher, a emancipação e a autonomia financeira.

Para Karina Alves, do povoado Manoel Dias em Estância, o projeto foi uma fonte de resistência e aprendizado: “Através da associação de Manoel Dias e do Projeto, eu consegui resistir, seguir com a luta pela preservação da mangaba e com as atividades, nós aprendemos cada vez mais e buscamos colocar em prática no nosso dia a dia tudo que vivenciamos nos encontros promovidos pelo projeto.”

Continuidade e Reconhecimento

O reconhecimento pelo trabalho excepcional do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe foi demonstrado pela Petrobras, que estendeu o apoio até 2025. Além disso, a empresa convidou o projeto para participar das comemorações de seu 70º aniversário em 2023.

A presidente da Ascamai, Alícia Salvador, destacou a importância dessa continuidade: “Um projeto onde envolve apoia e trabalha com as mulheres, dando mais visibilidade ao trabalho, levando o nosso público feminino a ocupar mais espaços na sociedade, espaços que são nossos, e que muitas vezes nos é negado. Então, quando a gente vê esse tipo de reconhecimento, não só pela Petrobras, mas por toda a sociedade brasileira e, posso dizer, do mundo, para gente é de extrema importância estar participando e ocupando esses espaços.”

Reprodução autorizada mediante a divulgação da Fonte:https://imprensa24h.com.br

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