A assinatura da Carta Régia pelo rei D. João VI em 8 de julho de 1820 é um evento crucial na história de Sergipe, marcando sua emancipação política e influenciando profundamente os rumos do Brasil colonial. Nesta matéria, exploraremos os desdobramentos desse momento histórico, destacando a participação dos sergipanos na Revolução Pernambucana de 1817, a nomeação do governador Carlos César Burlamaque e os conflitos subsequentes com as autoridades baianas.
A Carta Régia de 1820 representou um marco na emancipação política de Sergipe, conferindo à província uma nova era de autonomia e governança local. Sua assinatura pelo rei D. João VI veio como reconhecimento à participação dos sergipanos na Revolução Pernambucana de 1817, um movimento que clamava pela separação da colônia e pela proclamação da república.
Em resposta aos anseios por autonomia, D. João VI nomeou o brigadeiro Carlos César Burlamaque como primeiro governador de Sergipe, através de um despacho datado de 25 de julho de 1820. Essa nomeação, porém, não foi bem recebida pelas autoridades baianas, que rejeitaram as novas orientações políticas da Carta Régia.
A posse de Burlamaque como governador de Sergipe foi contestada pelas autoridades baianas, culminando em um conflito armado. Em 20 de fevereiro de 1821, Burlamaque assumiu o cargo, mas sua governança foi interrompida abruptamente em 18 de março do mesmo ano, quando tropas baianas invadiram São Cristóvão e o prenderam, levando-o cativo para Salvador.
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