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Senadora Eliziane Gama pede indiciamento de Jair Bolsonaro em relatório final da CPMI do 8 de janeiro

Senadora Eliziane Gama pede indiciamento de Jair Bolsonaro em relatório final da CPMI do 8 de janeiro

Senadora Eliziane Gama pede indiciamento de Jair Bolsonaro em relatório final da CPMI do 8 de janeiro

Em um desdobramento significativo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os eventos ocorridos no 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora do caso, apresentou seu parecer final, solicitando o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais de 50 outras pessoas envolvidas na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. O relatório, com mais de 1,3 mil páginas, destaca a seriedade das acusações e aponta a existência de evidências concretas.

Eliziane Gama, ao iniciar a leitura de seu parecer, enfatizou a importância do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro no contexto dos acontecimentos de 8 de janeiro. Segundo a senadora, Bolsonaro deve ser responsabilizado por uma série de tipos penais, incluindo associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, de acordo com os artigos 288 (caput), 359-P, 359-L e 359-M do Código Penal, por suas condutas dolosas.

O pedido de indiciamento não se limita ao ex-presidente. A relatora também solicitou que Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro, e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, seja indiciado. Além disso, o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), está na lista de indiciados.

Entre os nomes que compõem a lista de mais de 50 pessoas a serem indiciadas, encontram-se Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e, na época, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Segundo a senadora Eliziane Gama, a invasão do 8 de janeiro foi uma mobilização coordenada, com um método claro por trás de seus objetivos. Autoridades teriam protegido manifestantes, e a relatora destaca que o episódio não foi ordeiro e pacífico, como alegado por alguns. A proposta não era apenas ocupar os espaços, mas também depredá-los. Bolsonaristas radicais teriam agredido policiais e cometido atos como defecar e urinar nas sedes dos poderes, numa tentativa propositada de golpe de Estado, com o intuito de provocar o caos e, se necessário, uma guerra civil.

A CPMI, que durou quatro meses e envolveu 20 depoimentos e a análise de 957 documentos, culminou com esse parecer impactante de Eliziane Gama. Agora, as conclusões do relatório serão objeto de análise e debate no cenário político brasileiro, gerando expectativas quanto aos desdobramentos legais e políticos desse controverso episódio.

Reprodução autorizada mediante a divulgação da Fonte:https://imprensa24h.com.br

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