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TSE retoma julgamento de ações de investigação de abuso de poder contra Bolsonaro

TSE retoma julgamento de ações de investigação de abuso de poder contra Bolsonaro

TSE retoma julgamento de ações de investigação de abuso de poder contra Bolsonaro

Nesta terça-feira (17), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento conjunto de três Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que visam analisar a suposta inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Souza Braga Netto, em relação às Eleições de 2022. As ações fundamentam-se na acusação de abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral do ano passado.

A análise dessas Aijes teve início no último dia 10, com a leitura do relatório pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, seguida pela apresentação dos argumentos da acusação e da defesa, bem como a manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral. O processo será retomado na próxima terça-feira, quando o relator proferirá seu voto. Posteriormente, os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal, proferirão seus votos.

A ordem de votação está prevista para o dia 19 de junho de 2023.

A sessão de julgamento será transmitida ao vivo pela TV e Rádio Justiça e também pelo canal oficial do TSE no YouTube, permitindo a participação do público e garantindo total transparência no processo.

O conteúdo das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes)

As Aijes de números 0600828-69, 0601212-32 e 0601665-27, propostas pelas partes interessadas, buscam a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e de seu candidato a vice, Braga Netto, com base na alegação de abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O Partido Democrático Trabalhista (PDT) ajuizou as duas primeiras Aijes, enquanto a coligação “Brasil da Esperança” e a Federação PSOL-Rede apresentaram a terceira.

A acusação alega que Jair Bolsonaro utilizou as dependências do Palácio da Alvorada (residência oficial do presidente da República) e do Palácio do Planalto (sede do governo federal) para a realização de atos de campanha supostamente ilegais. No cerne da questão, as ações apontam violações dos incisos I e II do artigo 73 da Lei nº 9.504/1997, que proíbem o uso de bens da União em benefício de candidatos e a utilização de materiais ou serviços custeados pelo governo para esse fim.

O julgamento que será realizado pelo Plenário do TSE tem o objetivo de determinar se houve abuso de poder político por meio do desvio de finalidade no uso de bens públicos em benefício da candidatura e se esse abuso foi suficientemente grave para comprometer a legitimidade da disputa. Portanto, o julgamento abordará os seguintes pontos: