Na noite de sábado (16), o empresário e presidente do Biofast, Rogério Saladino, de 56 anos, foi morto em um confronto com policiais nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. O incidente ocorreu durante uma investigação de um roubo a residência.
Rogério Saladino, conhecido por sua atuação no ramo de medicina e diagnóstico, liderava o Biofast, uma rede de laboratórios brasileiros. A empresa, fundada em 2004, destaca-se no mercado de medicina diagnóstica, oferecendo serviços de alta qualidade em análises clínicas, diagnóstico por imagem, anatomia patológica e exame toxicológico, em oito unidades no estado de São Paulo.
No comunicado oficial da empresa, o Biofast se autodenomina “100% brasileira”, e destaca seu papel no ranking dos maiores laboratórios do país, com um volume significativo de exames processados.
Segundo relatos da Polícia Civil, dois agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) foram até os Jardins para investigar um roubo a residência ocorrido na noite anterior. Durante a abordagem a Alex James Gomes Mury, vigilante da residência de Saladino, os policiais pediram acesso às imagens das câmeras de segurança.
O confronto teve início quando Rogério Saladino, desconfiado da autenticidade dos policiais, pegou duas armas e efetuou disparos para o alto. Em seguida, abriu o portão e atirou contra os policiais civis, resultando no ferimento fatal da investigadora Milene Estevam e na morte de Saladino.
O vigilante Alex James Gomes Mury também foi atingido e morreu no local. Saladino foi levado ao Hospital São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos. Milene Estevam, socorrida, também não resistiu e faleceu na Santa Casa.
Rogério Saladino mantinha um relacionamento com a modelo e arquiteta Bianca Klamt. Nas redes sociais, Bianca, que conta com quase 60 mil seguidores no Instagram, desabafou sobre a tragédia: “Meu coração está em prantos. Obrigada pelos momentos com a nossa família. Ele era um homem fora da curva.”
A família de Saladino emitiu uma nota de agradecimento pelas manifestações recebidas e solicitou a preservação da intimidade neste momento difícil.
Segundo informações do boletim de ocorrência, Rogério Saladino possuía dois antecedentes criminais. Em 1989, foi registrado um caso de homicídio e lesão corporal, ocorrido em Natividade da Serra, interior de São Paulo. Já em 2008, enfrentou acusações relacionadas a um crime ambiental, envolvendo a retirada de cascalho em terras de propriedade da família.
A assessoria da família esclarece que o incidente de 1989 foi uma “fatalidade”, onde Saladino atropelou uma pessoa, prestou socorro, mas a vítima faleceu. Quanto ao crime ambiental, alega-se que houve o cumprimento de um termo de compromisso ambiental.
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