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Vereadores aprovam lei que vai travar funcionamento da Prefeitura de Aracaju, entenda

Vereadores aprovam lei que vai travar funcionamento da Prefeitura de Aracaju, entenda

Vereadores aprovam lei que vai travar funcionamento da Prefeitura de Aracaju, entenda

O Secretário da Fazenda de Aracaju, Jefferson Passos, declarou em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quarta-feira, que as novas normas orçamentárias aprovadas pela Câmara Municipal são uma “catástrofe inovadora”.

Quando questionado pelo repórter Narcizo Machado sobre qual o principal desafio para ele, que será o responsável maior pelo orçamento diante desse limite de 5% para o remanejamento das dotações, o secretário expressou preocupação com as limitações impostas, e destacou que tais medidas podem transformar a execução orçamentária de 2024 em um verdadeiro calvário.

“Vai ser um grande desafio lidar com esse engessamento causado, por esse dispositivo que colocado na lei orçamentária, para que a gente consiga passar o ano sem paralisação de serviços, sem ter atraso no pagamento de fornecedor, sem ter percalços, sem ter dificuldade para fazer que os serviços públicos funcionem adequadamente em 2024”, afirmou o secretário.

Quando questionado a respeito dos outros dispositivos aprovados e que limitam o trabalho, o secretário explicou que além da limitação de 5% na possibilidade de remanejamento, a câmara também aprovou a necessidade de autorização do legislativo municipal para qualquer remanejamento orçamentário.

Para o secretário, isso significa que todas às vezes que o município precisar realizar ajustes, mesmo dentro do limite de 5%, será necessário um novo projeto de lei. “Não é acima dos 5%, é dentro do limite dos 5%”, ressaltou Jefferson.

Segundo ele, tais mudanças complicarão significativamente o cenário financeiro da capital sergipana. Pois ele explica que até para iniciar a execução do orçamento que está sendo aprovado agora na câmara e iniciar o quadro de detalhamento de despesas, vai ser necessária uma nova lei.

Além disso, essas medidas aprovadas vão impactar demais o funcionamento dos serviços dentro da prefeitura, desde procedimentos básicos dentro das secretarias até recurso oriundos do governo federal, devido as exigências impostas pela câmara.

Narcizo questionou se o secretário acredita que por trás dessas aprovações da câmara não existiria um encaminhamento de criar um discurso de possíveis pedaladas fiscais e Jefferson explicou que não pode se manifestar sobre qual seria a motivação dos vereadores e afirma não entender o que está por trás dessas “medidas catastróficas”, mas afirma que elas vão criar muitas dificuldades.

Ele citou exemplos práticos, como a utilização da reserva de contingência em casos de desastres naturais, que agora requerem um processo legislativo antes de serem efetivadas. “As inovações são catastróficas e engessadoras”, alertou o secretário.

O secretário explicou que essas medidas podem, sim, trazer riscos de atraso de pagamento de fornecedores da coleta de lixo e atraso de pagamento dos salários. Além da possibilidade de causar grandes prejuízos na prestação de todo e qualquer serviço público.