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Apresentações de artistas sergipanos marcaram primeiro dia do FASC

Apresentações de artistas sergipanos marcaram primeiro dia do FASC

Iniciou nesta quinta-feira (01) a 37ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão, após dois anos de pausa decorrente da pandemia. Quem teve a oportunidade de vir ao Centro Histórico da Cidade Mãe de Sergipe, desfrutou da vasta programação que movimentou os palcos e demais espaços do evento, e viu de perto a efervescência dos diversos segmentos artísticos através dos espetáculos de música, teatro e dança. 

O primeiro dia do evento superou as expectativas do público, que não hesitou em prestigiar esta edição histórica, apesar da previsão de chuva, afinal, são 50 anos de História do FASC. Um acontecimento que tem por objetivo fomentar a cultura e a arte, além de dar visibilidade aos artistas locais e regionais. A programação começou logo cedo, com atividades nos salões de literatura e de artes, no Cine Trianon, com cortejo afro e lavagem das escadarias da Igreja do Rosário dos Homens Pretos.

À noite, foi a vez dos artistas sergipanos subirem aos palcos. No Palco Gal Costa, na Praça São Francisco, a primeira atração musical foi a banda Afoxé di Preto, em seguida o público acompanhou a Companhia de Teatro Voz da Vida, com a performance “O tronco oculto”, e logo após, puderam assistir a apresentação da CIA de Dança Espaço Formas. 

O Palco Gal Costa recebeu ainda a musicalidade da banda Samba das Pretas e quem encerrou foi a dupla Chiko Queiroga e Antônio Rogério. Para Lívia Aquino, vocalista da banda Samba das Pretas, o FASC tem um papel grandioso para a cultura sergipana, pois valoriza os artistas locais. “Nós trouxemos a força de quatro mulheres pretas, artistas do estado, com um show que passeia por diversos gêneros, com músicas autorais para que o público do FASC, que é amplo e diverso, possa prestigiar. O que este festival nos proporciona fortalece a nossa arte e nos enche de expectativa para que o evento tenha vida longa”.

Palco Frei Santa Cecília e Largo do Rosário

Os sergipanos também tomaram conta dos outros dois palcos na primeira noite do FASC. As apresentações no Palco Frei Santa Cecília, na Praça do Carmo, começaram logo cedo com o show da cantora sancristovense Marcela Rubya. Com repertório elaborado especialmente para o FASC, que incluiu ritmos como o axé e canções de Gilsons e Gal Costa, a artista se apresentou pela primeira vez no evento e destacou a importância do Festival para os grupos que já estão consolidados, mas, sobretudo, para aqueles que estão iniciando suas carreiras. “Muito importante esse espaço, principalmente para aqueles que vivem da arte de maneira independente. São Cristóvão é a minha terra, berço da cultura nordestina e é muito importante que a gente dê valor a isso, não só na música, mas também nas outras artes. A cultura local precisa ser valorizada e o FASC tem papel fundamental nisso”, destacou a cantora. 

Neste palco ainda se apresentaram o grupo Os Tabaréus, Pedro Luan e a noite foi finalizada com show de Alex Sant’anna. 

Já no Largo do Rosário, No Palco Largo do Rosário, que fica localizado na Igreja do Rosário dos Homens Pretos, o público pode conferir as apresentações de: DJ Augusto, Nine Senses, NGDK e Flow Gonzaga. Para o vocalista da Nine Senses, VG, celebrar os 10 anos da banda na edição histórica de 50 anos do FASC foi um momento único. “Nossa comemoração de 10 anos da banda aqui no FASC foi de muita emoção e satisfação. Essa é a melhor vitrine que poderíamos ter. É o maior festival de Sergipe e um dos maiores do Nordeste, e do Brasil. É a oportunidade de mostrar nosso som de protesto, nunca só um grupo de rap ou só um segmento musical, mas sempre um relato de vivência e resistência através da rima”, declarou.

Público fiel e entusiasmado

 

No primeiro dia de evento, os moradores e visitantes aproveitaram para curtir o melhor da cultura e da arte. O servidor da Universidade Federal de Sergipe, Wagner Vieira, foi um dos que compareceram e aprovaram o primeiro dia do FASC. Ele destacou a importância do evento no que diz respeito à valorização dos artistas locais. “São Cristóvão é a 4ª cidade mais antiga do Brasil, Cidade Mãe de Sergipe e o FASC sempre teve um papel muito importante de trazer a cultura à tona e não só dos artistas nacionais, mas que prioriza também os artistas locais, o que é muito importante para fortalecer nossa cultura”, finalizou.

Amanda Moreira, pesquisadora em arte e educação, não hesitou em vir de Minas Gerais para conhecer São Cristóvão e imergir na programação do FASC. “Eu atuo como pesquisadora da arte, da cultura e da educação e entendo que festivais são lugares de aquilombamento, troca e compartilhamento. Eu já tinha ouvido falar muito no FASC, por isso vim disposta a vivenciar essa imersão na cultura, neste festival que é um dos mais antigos do Brasil.  Foi um prazer ter vindo de tão longe para prestigiar esta potência, esta verdadeira celebração da arte”, disse.

Realização e apoio

 

O FASC é uma realização da Prefeitura de São Cristóvão, e neste ano conta com o patrocínio da Celi, Coca-Cola e Tiger. O apoio fica por conta da Fecomércio, Universidade Federal de Sergipe, Governo de Sergipe, Vitória Transportes, Thalu, Jaguar, RR Conect e UNIR.

Confira a programação desta sexta

Dia 02/12 – Sexta-feira

Palco Gal Costa, na Praça São Francisco

20h – Coletivo Sergipano de Mulheres no Samba

21:30h – Entrega da Medalha “Mérito Cultural”

23h – Alceu Valença

01h – The Baggios

 

Palco Frei Santa Cecília, na Praça do Carmo

16h – Samba Deles

18h – Samba do Arnesto

20h – Hiran

22h – Lari Lima

00h – Academia da Berlinda

 

Palco Largo do Rosário, na Igreja do Rosário dos Homens Pretos

15h – Skabong

16h30 – Açocena

18h – Mestre Madruguinha

 

Palco Mariano Antônio, no Largo da Matriz

15h – Cigari – “Varieté da Cigari”

17h – Michelle Pereira – “Sarapokàn”

18h – Ivo Adnil – “De canoa e de rede”

 

Cine Trianon, na Rua Cel. Erundino Prado

14h – Festivalzinho CURTA-SE 22 (com a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis) apresenta: “A Caverna de Petra” e  “Kuri Ha Akae Ovy”.

15h30 – Sessão Sergipe com “Zélia” – Lucas Menezes, ”Imã de Geladeira” – Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo,  ”Fim de Expediente” – Carol Barros e “Diô – O Mestre do Samba de Coco do Mosqueiro” – Fábio Jaciuk e Jorge Lins.

 

Salão de Artes Vesta Viana, na Praça da Matriz

14h – Panorama da Arte Contemporânea de Sergipe com Elias Santos, Antônio Cruz e Cauê Mathias – Mediação: Joel Ferreira Dantas

16h – Arte urbana em São Cristóvão com artistas selecionados do edital de Grafite – Mediação: Cauê Mathias

Exposição permanente: Layla Bomfim, Deborah Arruda, Sara Miranda, Amanda Sztybe, Laize Rosendo, Sônia Elizabeth, Kely Regina, Matheus Almeida, Giancarlo, Amanda Pinto, Davi de Souza, Ana Carla, Ebert dos Santos e David Ribeiro

 

Salão de Artes Horácio Hora, na Rua Pereira Lobo

14h – RODA DE CONVERSA – FASC MEMÓRIA EM CARTAZ – BRENO LOESER, MATHEUS AUGUSTINHO E ROSANE BEZERRA – MEDIAÇÃO – GLADSTON BARROSO.

17h – Abertura oficial do Salão

Exposição permanente: Lucas Lemos, Elias Santos, Antônio Cruz e Mundo Negro/Larissa Vieira

 

Salão de Literatura Manoel Ferreira, na EMEF Gina Franco

15h – Oficina de Freestyle: Minas no Free, Minas Front com Emília Aquino, Emanuele Caiane, Mali e Letícia França

16h – Roda de conversa – Novos autores sergipanos com Allan Jonnes, Carol Barros e Luís Matheus Brito – Mediação: Vera Lúcia dos Santos

17h – Contação de História Afro – Thaty Meneses

 

Cortejos, saída na Praça João Ferreira dos Reis

16h – Chegança da AMI

16h30 – Maracatu Raízes do Quilombo de Brejo Grande

17h – Tonico de Ogum e Cortejo Beleza Negra

 

Espaço ODS, na EMEF Gina Franco – 10h às 15h

Distribuição de Livros, através do Projeto “Livro Liberdade para Alma”;

Ponto de Coleta Seletiva (Consórcio de Resíduos Sólidos Centro Sul do Estado e Grande Aracaju) e Ações de exames rápidos (Unimed)

“Sala de Leitura (Colégio Santa Quiara)”

Atividades de enfrentamento ao trabalho infantil (Semas)