Em um cenário de retomada econômica, o Brasil registrou a criação de 190.366 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês de outubro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta terça-feira (28). Com esse resultado, o país acumula um saldo positivo de 1.784.695 empregos ao longo de 2023, distribuídos por quatro dos cinco grupos econômicos analisados, com exceção da Agricultura, que apresentou um saldo negativo.
Setores em Destaque
O saldo positivo de outubro é resultado de 1.941.281 admissões e 1.750.915 desligamentos. De acordo com o MTE, os setores que mais contribuíram para a geração de empregos formais foram os de Serviços, com 109.939 novas vagas, e Comércio, com 49.647. O setor de Serviços, em especial as áreas de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, teve destaque com um saldo positivo de 65.128 empregos.
A Indústria também apresentou um crescimento significativo, com um saldo positivo de 20.954 novos postos de trabalho, destacando-se a fabricação de açúcar em bruto e móveis. A Construção Civil teve um saldo positivo de 11.480 empregos, enquanto a Agropecuária foi o único setor com saldo negativo, registrando a perda de 1.656 empregos.
Destaques Regionais
São Paulo lidera o saldo de empregos formais, com a criação de 69.442 novos postos em outubro. A maioria dessas vagas está concentrada no setor de Serviços, com um saldo positivo de 44.112 empregos. No Rio de Janeiro, foram geradas 18.803 novas vagas, enquanto no Paraná o saldo positivo ficou em 14.945 postos.
No acumulado do ano, São Paulo também se destaca, totalizando 502.193 novas contratações, seguido por Minas Gerais, com 187.485, e Rio de Janeiro, com 141.981 vagas formais.
Análise por Setor e População
No acumulado do ano, o setor de Serviços lidera a geração de empregos formais, com 976.511 postos, representando 54,4% do saldo. Destaque para as áreas de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, com 355.869 empregos, e Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais, com 312.552.
A Construção Civil contribuiu com 253.876 postos, principalmente nas obras de infraestrutura. A Indústria acumula 251.110 novos postos, com ênfase na fabricação de produtos alimentícios. O Comércio gerou 193.526 novas vagas formais, com destaque para supermercados, minimercados e produtos farmacêuticos. A Agropecuária gerou 109.698 postos, com cultivos de soja, cana-de-açúcar e laranja como destaques.
Inclusão e Diversidade
O Caged também destaca a inclusão e diversidade no mercado de trabalho, com saldo positivo tanto para mulheres (90.696 vagas geradas) quanto para homens (99.671). O levantamento revela que 110.240 vagas foram para pessoas declaradas pardas, 64.660 para brancas, 22.300 para pretas, 15.395 para amarelas e 652 para indígenas. Além disso, 1.699 novos postos de trabalho foram criados para pessoas com deficiência.
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