O terceiro dia do Tribunal do Júri que julga os três ex-policiais rodoviários federais acusados da morte de Genivaldo de Jesus Santos começou na manhã desta quinta-feira (28), no Fórum Estadual da Comarca de Estância, em Sergipe. A expectativa é de que cinco testemunhas sejam ouvidas, incluindo a ex-companheira de Genivaldo, que prestará depoimento durante a tarde.
Julgamento segue com oitivas importantes
Nesta manhã, familiares de Genivaldo, convocados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela assistência de acusação, devem ser ouvidos presencialmente. Na sessão anterior, encerrada por volta das 20h50, foram realizadas as oitivas de quatro testemunhas, incluindo especialistas e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que prestaram depoimentos por videoconferência de cidades como Petrópolis (RJ) e Curitiba (PR).
Relembre o caso
Em maio de 2022, Genivaldo de Jesus Santos foi abordado por agentes da PRF em Umbaúba, Sergipe, por pilotar uma motocicleta sem capacete. Durante a abordagem, ele foi imobilizado e colocado no porta-malas de uma viatura, onde os policiais lançaram gás lacrimogêneo. Vídeos gravados por testemunhas mostram a vítima se debatendo, enquanto os agentes forçavam a porta do veículo.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu de asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Ele era paciente em tratamento para esquizofrenia e não apresentava histórico criminal ou ameaça aos policiais.
Julgamento em júri popular
O Tribunal do Júri, presidido pelo juiz federal Rafael Soares, foi iniciado na última terça-feira (26). Os réus Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, que respondem por homicídio triplamente qualificado e tortura, estão presos preventivamente desde outubro de 2022.
O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, terá a responsabilidade de decidir sobre a culpa ou absolvição dos acusados.
Impacto do caso
A morte de Genivaldo gerou comoção nacional e abriu debates sobre violência policial e protocolos de abordagem. Recentemente, a jornalista sergipana Ana Oliveira lançou um livro abordando o caso e suas implicações sociais.
Mais informações podem ser acompanhadas no site oficial do TRF5.
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