A recente decisão do Governo do Estado de Sergipe de avançar com a concessão parcial dos serviços da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) foi destacado pelo Estadão, na sua edição desta quinta-feira, 8, como um passo decisivo para o avanço do saneamento básico no estado. Este processo, que está prestes a iniciar sua fase de propostas na Bolsa de Valores B3, marcado para o dia 4 de setembro, representa não apenas uma mudança administrativa, mas uma verdadeira revolução nos serviços de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário em Sergipe.
Atualmente, apenas 57,1% do território sergipano conta parcialmente com serviços de esgotamento sanitário, refletindo uma realidade preocupante onde a maioria das comunidades ainda não tem acesso a redes de esgoto adequadas. No entanto, com a concessão parcial, a expectativa é de que esse índice suba significativamente para 90% em uma década. Este aumento é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos sergipanos, acabando com o problema do esgoto a céu aberto e contribuindo para a erradicação de doenças relacionadas ao saneamento inadequado.
No que diz respeito ao abastecimento de água, com a concessão, este percentual deverá alcançar 99% em dez anos, o que significa praticamente universalizar o acesso à água tratada. Essa expansão é crucial não apenas para a saúde pública, mas também para garantir que cada sergipano tenha acesso a água potável e segura, um direito fundamental e uma necessidade básica.
A concessão parcial não é apenas uma mudança na gestão dos serviços, mas um investimento significativo no futuro do estado. Com um aporte financeiro de R$ 6,5 bilhões, que será aplicado pela empresa vencedora, o projeto promete gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local e criando novas oportunidades de trabalho. O cronograma de investimentos também trará melhorias visíveis e palpáveis na infraestrutura de saneamento antes mesmo do início oficial da concessão.