Nesta terça-feira (7), o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, teve seu futuro político definido após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizar o convite para ele assumir a presidência do Banco do Nordeste (BNB). O encontro aconteceu no Palácio do Planalto em Brasília e contou com a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Desde o final de seu mandato em Pernambuco, houve especulações sobre a participação de Paulo Câmara no governo Lula, mas seu nome não apareceu na lista de indicações para os ministérios. Já outros políticos pernambucanos foram contemplados, como José Múcio Monteiro e Luciana Santos.
A disputa por vagas no governo Lula azedou a relação já fragilizada de Paulo Câmara com o prefeito de Recife, João Campos. O prefeito fez articulações para evitar a indicação do ex-governador para o ministério e defendeu a indicação de Márcio França. A situação levou Paulo Câmara a deixar o PSB em janeiro.
Para ocupar a vaga no BNB, Paulo Câmara precisou enfrentar uma disputa com o atual presidente, José Gomes da Costa, indicação remanescente do governo Bolsonaro, mas defendido pelo deputado federal José Guimarães. A indicação de Paulo depende agora da aprovação de um projeto de lei que diminui a quarentena para políticos em empresas estatais. Atualmente, a legislação exige 36 meses de afastamento antes da nomeação, mas um projeto já aprovado pela Câmara reduz esse prazo para 30 dias e é apoiado pelo governo Lula.