As exportações em Sergipe totalizaram US$ 150,1 milhões no primeiro semestre de 2024, registrando um aumento de 19,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal. Este desempenho gerou um saldo positivo de US$ 12,3 milhões na balança comercial do estado. O agronegócio foi um dos grandes responsáveis por esse resultado, com exportações que somaram US$ 47,2 milhões. Além disso, o estado teve um saldo positivo de 3.056 novos postos de trabalho, o que representa uma variação de 0,93%.
O crescimento regional foi impulsionado pelo aumento do consumo das famílias, elevação do rendimento médio real e processo de desinflação, conforme análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) divulgada no final de julho. A demanda por crédito também acompanhou esse movimento, refletindo o crescimento econômico da região.
O Sistema Financeiro Nordestino registrou um saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024, um crescimento de 10,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Esse aumento foi superior ao observado em âmbito nacional, onde o crédito cresceu 9,2% no mesmo período.
Segundo Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste, os segmentos de Comércio e Serviços lideraram a procura por crédito, representando 89% da carteira de crédito de pessoa jurídica em maio de 2024, com operações totalizando R$ 1,9 bilhão, um aumento de 22% em relação ao ano anterior.
Raio-X dos Créditos
No setor de comércio, o crescimento econômico nordestino tem sido percebido na oferta de crédito para supermercados, lojas de móveis e eletrodomésticos, e de materiais de construção. As empresas buscam financiamento principalmente para capital de giro, expansão, modernização e compra de equipamentos. Esses recursos são aplicados na criação de novas lojas, renovação de espaços físicos, investimento em tecnologia, e-commerce e marketing. “Quase 70% da carteira de crédito de pessoa jurídica está concentrada, nos últimos 30 meses, com as seguintes médias: Capital de Giro com 45%, Energias Renováveis com 11%, Rotativos com 7% e Financiamento de Veículos com 6%”, complementa Ana Vieira.
No setor de serviços, as principais necessidades são investimentos em tecnologia, treinamento e geração de capital de giro. A Sicredi tem percebido um aumento nos projetos que buscam adquirir softwares especializados, sistemas de gestão empresarial (ERP) e desenvolvimento de plataformas digitais. “Atender a essas necessidades de crédito é crucial para o crescimento e sustentabilidade das empresas nos setores de comércio e serviços na região Nordeste. Essa é a melhor forma de contribuir para o desenvolvimento econômico local e regional”, finaliza a especialista.
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