A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Federal (PF) uniram esforços em uma investigação conjunta que busca acessar o conteúdo do celular de Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo é extrair mensagens, lista telefônica e outros dados relevantes do aparelho. A ação vem ganhando destaque devido à complexidade da criptografia do iPhone 14 utilizado por Jair Renan.
Segundo informações obtidas junto a fontes da PCDF nesta terça-feira (12), os peritos ainda não conseguiram acessar os dados do dispositivo. Diante disso, a PF entrou na investigação para colaborar na tentativa de desbloqueio. O desafio é que o celular em questão, um iPhone 14, é considerado um dos mais seguros e difíceis de descriptografar.
A apreensão do aparelho ocorreu em 24 de agosto, durante uma operação realizada em Balneário Camboriú, Santa Catarina, conduzida pela PCDF com foco em um grupo suspeito de envolvimento em fraudes. A investigação do Departamento de Combate à Corrupção do DF visa não apenas ao acesso ao celular, mas também à apuração do papel de Jair Renan no suposto esquema.
Um ponto intrigante da investigação é a empresa de eventos RB Eventos, que estava sob propriedade de Jair Renan até março de 2023, quando foi transferida para Marco Aurelio. As autoridades suspeitam que Marco Aurelio seja um “laranja”, utilizado para ocultar o verdadeiro dono de empresas de fachada. O delegado Marco Aurélio Sepúlveda, que lidera a operação, revelou que a investigação se concentra na criação de identidades falsas e na abertura de empresas com o objetivo de obter vantagens financeiras indevidas.
A defesa de Jair Renan Bolsonaro manifestou surpresa com a operação e enfatizou que ele se mantém tranquilo diante dos acontecimentos.