O julgamento dos três ex-policiais rodoviários federais acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado contra Genivaldo de Jesus Santos teve início nesta terça-feira (26), no Fórum Estadual da Comarca de Estância, a cerca de 70 km de Aracaju. Sob a presidência do juiz federal Rafael Soares, da 7ª Vara Federal de Sergipe, a sessão marcou o primeiro dia do Tribunal do Júri, que deve se estender por sete dias.
Sorteio dos jurados e depoimentos
Na abertura, realizada pela manhã, foram sorteados os sete jurados que compõem o Conselho de Sentença, com quatro homens e três mulheres. Durante o julgamento, eles permanecerão incomunicáveis até o veredito final.
No período da tarde e noite, duas testemunhas indicadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela assistência de acusação prestaram depoimentos. Uma das sessões se prolongou por mais de cinco horas. Além disso, as provas anexadas ao processo foram apresentadas ao Tribunal.
Próximos passos
As atividades do Tribunal do Júri serão retomadas nesta quarta-feira (27), a partir das 8h, com continuidade dos depoimentos. Participam do julgamento cinco procuradores da República, incluindo representantes de Sergipe e de outros estados.
Os acusados
Os ex-policiais rodoviários federais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William de Barros Noia estão presos desde outubro de 2022. Eles respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado, com base na acusação de terem causado a morte de Genivaldo durante uma abordagem em maio de 2022.
Relembre o caso
Em 25 de maio de 2022, Genivaldo de Jesus Santos foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Umbaúba, Sergipe, por dirigir sem capacete. Ele foi imobilizado e colocado no porta-malas de uma viatura, onde os policiais lançaram gás lacrimogêneo. Genivaldo, que fazia tratamento para esquizofrenia, morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O caso teve repercussão nacional após a divulgação de imagens que revelaram a violência da abordagem. Genivaldo, que não oferecia resistência, estava desarmado e não possuía antecedentes criminais.
Conclusão
O julgamento segue cercado de expectativa, sendo um marco na busca por justiça em um caso que chocou o país.
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