A proposta de paz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a guerra na Ucrânia está sendo analisada pelo governo russo. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, afirmou nesta quinta-feira (23.fev.2023) que Moscou está considerando a possibilidade de mediação por parte do Brasil para encontrar soluções políticas que evitem uma escalada do conflito.
Em entrevista à agência estatal russa Tass, Galuzin destacou a importância da visão do Brasil no conflito, enfatizando que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do país mesmo diante da pressão dos Estados Unidos. O vice-ministro também mencionou a declaração de Lula, em 30 de janeiro, negando o envio de munições para a Ucrânia, e a proposta apresentada pelo presidente brasileiro em encontro com o presidente americano, Joe Biden, em 10 de fevereiro, de criar um grupo de países para ajudar a negociar o fim do conflito.
Apesar de ainda estar analisando a proposta, a declaração de Galuzin é um sinal positivo em relação às iniciativas do Brasil para tentar encontrar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia. Desde o início do conflito, o Brasil tem adotado uma posição de neutralidade e se manifestado contrário ao uso da violência como meio de solução de conflitos internacionais.
A guerra na Ucrânia começou em 2014, quando o governo pró-Rússia da Crimeia foi derrubado após protestos populares. Desde então, a região tem sido palco de conflitos violentos entre forças ucranianas e separatistas pró-russos, o que já deixou milhares de mortos e deslocou milhões de pessoas. A situação se agravou recentemente, com a Rússia mobilizando tropas na fronteira com a Ucrânia e acusando o país de desrespeitar acordos de paz anteriores.
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